HISTÓRIA
Antiguidade
A imagem de um submundo onde os mortos moravam era comum no Antigo Oriente, sendo expressa no hebraico bíblico pelo termo tsalmaveth (literalmente "sombra-morte"). No Antigo Testamento, a Bruxa de Endor aparece durante o Segundo Livro de Samuel para conjurar o espírito ('owb) de Samuel.
Mesopotâmia
Há várias referências a fantasmas em religiões mesopotâmicas, mais especificamente nas religiões da Suméria, Babilônia, Assíria e em outros estados iniciais da Mesopotâmia. Traços de tais crenças permaneceram nas religiões abraâmicas posteriores que dominaram a região. Acreditava-se que os fantasmas eram criados no momento da morte, levando consigo a memória e a personalidade da pessoa falecida.
Eles viajavam para um mundo subterrâneo, onde assumiam uma determinada posição e levavam uma existência similar em alguns aspectos àquela do vivo. Esperava-se que familiares dos mortos fizessem oferendas de alimentos e bebidas em prol destes; caso não o fizessem, os fantasmas infligiram aos vivos má sorte e doenças. Costumes medicinais tradicionais atribuíam uma variedade de doenças à ação de fantasmas, enquanto outras seriam causadas por deuses ou demônios.
Era moderna da cultura ocidental
Espiritismo
O espiritismo é baseado nos cinco livros da Codificação Espírita escritos pelo educador francês Hypolite Léon Denizard Rivail sob o pseudônimo Allan Kardec, divulgando os fenômenos que ele observou e atribuiu à inteligência incorpórea (espíritos).
Sua hipótese de comunicação com espíritos foi reconhecida por muitos de seus contemporâneos, entre eles vários cientistas e filósofos que compareceram a sessões e estudaram o fenômeno. Seu trabalho foi posteriormente expandido por autores como Léon Denis, Gabriel Delanne, Arthur Conan Doyle, Camille Flammarion, Ernesto Bozzano, Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco, Waldo Vieira, Amália Domingo Soler, entre outros.
O espiritismo possui adeptos em vários países, como Espanha, Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Inglaterra, Argentina, Portugal e especialmente Brasil, que tem a maior proporção e número de seguidores.
Ceticismo científico
Joe Nickell, do Comitê para a Investigação Cética, escreveu que não existe evidência científica crível de que qualquer localidade foi habitada por espíritos de mortos.Presenciar fantasmas seria consequência das limitações perceptivas humanas e explicações físicas comuns, como por exemplo a mudança na pressão atmosférica em algumas casas que fazem com que as portas batam, ou as luzes de um carro refletidas através de uma janela durante a noite.
A pareidolia seria também outra razão que, segundo os céticos, levam pessoas a acreditarem que viram fantasmas. Relatos de fantasmas vistos "pelo canto do olho" podem ser relacionados à sensibilidade da visão periférica humana. De acordo com Nickell, a visão periférica pode ser facilmente enganada, especialmente tarde da noite, quando o cérebro está cansado e mais propenso a interpretar de maneira equivocada sons e visões.
Alguns pesquisadores, como Michael Persinger da Laurentian University, no Canadá, especularam que as mudanças nos campos geomagnéticos (provocadas pela pressão do núcleo terrestre ou por atividade solar) podem estimular os lobos temporais do cérebro e produzir muitas das experiências associadas a fantasmas. Acredita-se que o som seja outra causa de supostas aparições. Richard Lord e Richard Wiseman concluíram que o infrassom pode fazer com que humanos isolados em um cômodo experimentem sentimentos estranhos, como ansiedade, tristeza, sensação de estar sendo vigiado e até mesmo calafrios. Desde 1921 especula-se que o envenenamento por monóxido de carbono, que provoca mudanças de percepção nos sistemas visuais e auditivos, pode ser uma possível explicação para casas assombradas.
Também o fenômeno do fogo-fátuo, um gás fosforescente resultante da decomposição orgânica em áreas pantanosas e cemitérios, pode levar a crenças sobre fantasmas.
HISTÓRIA
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quinta-feira, agosto 02, 2018
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