Os pregos supostamente originais da crucificação foram uma das relíquias mais populares durante a Idade Média. A dada altura existiram cerca de 700 exemplares do objecto de veneração. Dentro desta multidão de pregos, destaca-se a relíquia encontrada pela Imperatriz Helena de Bizâncio e que foi fundida para fazer um estribo para Constantino I. Na mesma altura, outro exemplar foi utilizado para um diadema conhecido pela coroa de ferro da Lombardia.
As primeiras representações da crucificação mostram apenas dois pregos, utilizados nas palmas das mãos. Mais tarde, Cristo aparece crucificado com três pregos (Um para ambos os pés) em várias manifestações artísticas. Segundo a tradição iconográfica cristã mais recente, o número de pregos evoluíu para quatro, dois nas mãos e dois nos pés.
Hoje em dia são trinta e pertencem às dioceses católicas Roma, Veneza, Aachen, Madrid, Nuremberga, Praga, entre outras. A aparente incongruência é explicada pela Igreja Católica Apostólica Romana (ver link a baixo) como que sendo relíquias "em segundo grau", e que em vez de se tratarem dos pregos verdadeiros, estes são resultado da subdivisão dos originais.
Um dos pregos em Santa Maria della Scala, in Siena.
Note-se que a crucificação era um método de execução muito comum no fim da República, princípio do Império Romano, aplicado a criminosos de delito comum, não cidadãos de Roma. (Os cidadãos não eram sujeitos a pena capital, a não ser por alta traição.) Em 33, ano da morte de Jesus Cristo, havia portanto uma longa prática de crucificar pessoas. Normalmente, os condenados não eram pregados na cruz, mas sim atados com cordas. Experiências recentes mostram que dificilmente o corpo de um homem adulto se mantém seguro por pregos, que são insuficientes para suster o seu peso. Diante disto, tem-se a ídeia que Cristo primeiro foi atado pelos braços com cordas e depois suas mãos ou pulsos foram pregadas.
Pregos da Cruz
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quinta-feira, agosto 23, 2018
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